sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Facebook enfrenta 'sequestradores de cliques' na Justiça

Vítimas são enganadas e induzidas a usar o botão "curtir" para espalhar spam
O diretor jurídico do Facebook Ted Ullyot (esquerda), o secretário de Justiça de Washington Rob McKenna (centro) e o advogado do Facebook Craig Clark (direita), conversam com repórteres sobre uma nova estratégia legal para combater spam, em Seattle Foto: AP
SEATTLE - O Facebook e o estado americano de Washington abriram na quinta-feira um processo contra uma empresa acusada da prática conhecida como "sequestro de cliques"- também chamado de clickjacking - que ilude usuários da maior rede social do mundo, levando-os a visitar sites de publicidade, divulgar informações pessoais e difundir a trapaça junto a outros amigos desavisados na rede social.
O esquema, também conhecido como "sequestro de curti" - porque as vítimas são enganadas e induzidas a usar o botão "curtir" do Facebook -, originou US$ 1,2 milhão ao mês em faturamento à Adscend Media LLC, uma companhia do Delaware, de acordo com a secretaria estadual de Justiça de Washington.
No "clickjacking," links são publicados no Facebook geralmente prometendo acesso a vídeos chocantes ou pornográficos e, ao clicar neles, o usuário espalha o link e publica em sua própria página. Isso faz parecer que o usuário "curtiu" o link, com o objectivo de atrair mais cliques de amigos. As URLs, eventualmente, levam usuários a um formulário de pesquisa ou informações de um anunciante.
A Adscend Media é acusada de promover o spam por meio de táticas enganosas e incentivou outros a fazerem o mesmo, disse Rob McKenna, secretário estadual de Justiça de Washington, em entrevista coletiva no escritório da rede social em Seattle.
Os queixosos acusam a Adscend de lucrar com a trapaça ao recolher dinheiro de seus clientes de publicidade por meio de usuários do Facebook que são desviados involuntariamente para anúncios ou serviços de assinatura. Segundo McKenna, a Adscend, que se beneficia da prática ilegal, tem receita anual de US$ 20 milhões.
O processo parece ser a primeira ação de um governo estadual americano contra "spam" via Facebook, disse Paula Selis, assessora jurídica da secretaria de Justiça.
Representantes da Adscend e dois de seus proprietários, acusados juntamente com a companhia no processo, não foram localizados para comentar o assunto.
Duas acusações distintas, mas semelhantes, apresentadas a um tribunal federal pelo estado americano e pelo Facebook acusam a Adscend de violar leis federais e estaduais que proíbem práticas comerciais enganosas ou fraudulentas nas comunicações eletrônicas, bem como práticas empresariais desleais.
Selis disse que esquemas como o do "sequestro de cliques" vêm se difundindo, e que milhares de usuários do Facebook ficaram expostos ao spam da Adscend.
- A segurança é uma corrida armamentista - disse o diretor jurídico do Facebook, Ted Ullyot, em Seattle, ao anunciar os processos.
- É importante que fiquemos um passo à frente do spam e da trapaça. Continue Lendo



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