Lisboa prefeito de Bacabal |
Tudo na vida tem um preço. A aliança do deputado federal Zé Vieira com o prefeito Lisboa, anunciada aqui, resultou no rompimento de Zé Vieira com o deputado estadual Carlinhos Florêncio (PHS).
A notícia foi dada pelo próprio Zé Vieira numa reunião com lideranças políticas quando anunciou que é pré-candidato a prefeito de Bacabal. A notícia da sua candidatura não é novidade, ele mesmo já havia disparado ligações direto de Brasilia para demarcar território na cidade. A novidade mesmo é o rompimento.
O dilema de Zé Vieira
Deputado Zé Vieira |
Lisboa também determinou o silêncio aos seus assessores quando da realização da audiência pública da comissão de saúde da Assembléia (releia). Por último, já sem condições de esconderem o acordo, determinou o uso de toda a estrutura da Secretaria de Obras para preparar o parque de exposições que vai sediar a Expoaba.
Os bastidores do rompimento com Carlinhos Florêncio (PHS)
Deputado Estadual Carlinhos Florêncio (PHS) |
Zé Vieira entendia que, por ter apresentado Carlinhos Florêncio (PHS) como candidato a deputado estadual, mereceria dele não apenas lealdade. Por isso contava que o levaria a tiracolo para se juntar ao grupo de Lisboa.
A coisa não se deu bem assim. Em pelo menos três momentos, a relação entre os dois azedou.
A primeira foi na iniciativa da Ação Social que seria realizada no dia do aniversário da cidade. As ações de saúde mostrariam mais uma vez o quanto é frágil o sistema de saúde do município, por isso o prefeito Lisboa não permitiu a realização na praça Santos Dumont. Apesar de falar em seu nome e em nome de Zé Vieira, Carlinhos Florêncio não recebeu deste o apoio necessário.
Zé Vieira precisava de argumento para justificar um rompimento. Traição por traição não era o caso, já que Carlinhos Florêncio continuava afirmando ser Zé Vieira o seu candidato a prefeito. Mesmo quando foi em Brasilia e de lá recebeu sinal verde para voltar ao Maranhão e lançar seu próprio nome. No episódio houve blefe e astúcia.
Zé Vieira blefou. Tão logo Carlinhos Florêncio deu as costas disparou telefonemas para seus seguidores em Bacabal afirmando que o candidato era ele próprio, Zé Vieira (releia). A ástucia foi de Carlinhos Florêncio que não comprou a proposta e continuou afirmando que seu candidato era Zé Vieira (releia).
Nessa fase entra a terceira rusga na relação dos dois. O episódio do PP – Partido Progessista, foi justamente o que serviu de argumento para o rompimento.
Zé Vieira, sabendo que não pode ser candidato e tentando arrumar a situação política do filho Jodeildo Lins – o Bolinha – tentou convencer a cúpula do partido a entregar para Bolinha o comando da sigla. Preparou um churrasco para a cúpula do PP, em especial o deputado federal Waldir Maranhão. Waldir não veio (releia). Os dirigentes não concordaram em ver o PP sob o comando de Bolinha e alinhado ao prefeito Lisboa. A opção foi pelo deputado Carlinhos Florêncio que não tinha mudado o discurso crítico sobre a Administração municipal.
Político astuto, Zé Vieira viu no episódio a condição para se livrar de um inconveniente deputado. Como não conseguiu convencer Carlinhos Forêncio a assinar o pacto político, melhor deixá-lo de lado. Para justificar o rompimento com seu apadrinhado acusa Carlinhos Florêncio de lhe tomar o PP.
O problema é que Zé Vieira não tinha o comando do PP. A sua história com o PP foi construída de idas e vindas. O deputado deixou o PP para ingressar no PSDB quando foi candidato a deputado federal e ficou na suplência. Voltou à sigla para se candidatar a prefeito. Quando foi candidato a deputado federal pela segunda vez, novamente deixou o PP e ingressou no PR. Atualmente o PP estava sob os cuidados do oftalmologista José Carlos Reis.
Antes da plebe, reunião com o rei
Ainda há muito a se cogitar e ponderar sobre essa história. Mas é coisa para falarmos ao longo dos dias. Analisando vários pontos. De certo mesmo é que os leitores do blog, os amigos que acompanham diariamente as postagens publicadas aqui não foram pegos de surpresa.
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